Golpe milionário no setor imobiliário em Itapema: como evitar cair em golpes em imóveis na planta

O sonho do imóvel na planta — seja para viver ou investir — pode virar pesadelo. Em setembro de 2025, uma investigação de grande impacto abalou o mercado imobiliário de Itapema: a Operação “Black Flow”, desencadeada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), revelou um sofisticado golpe com movimentação de quase R$ 90 milhões.
Esse esquema envolvia uma rede de empresas (SPEs), incorporadoras e falsos lançamentos imobiliários com aparência de legalidade, mas sem viabilidade econômica real, registros formais inexistentes ou falsificados, uso de procurações irregulares, e desvios de recursos para contas pessoais dos envolvidos.

Com dezenas de vítimas, inúmeros prejuízos e edificações vendidas sem registro de incorporação formal, este caso expôs o perigo real em investir sem os devidos cuidados jurídicos.

O que aconteceu em Itapema?

• Operação “Black Flow” (03/09/2025): 28 mandados de busca, 4 prisões preventivas, envolvendo Itapema, outras cidades de SC, além de estados como SP, RJ, MG e MT.
• O esquema usava diversas SPEs e empresas do mesmo grupo para vender imóveis inexistentes, atrasar construções e desviar os valores aos investigados.
• Um dos empreendimentos, o Coline Residencial, causou 168 vítimas só em um dos lançamentos.
• O CRECI-SC firmou cooperação técnica com o MP para coibir esses golpes: desde 2022 já foram 366 interações, com mais de 433 autuações de corretores clandestinos em Itapema e mais de 5.000 no estados.
• Em paralelo, Itapema já havia criado em 2025 uma força-tarefa interinstitucional (MP, Prefeitura, Procon, CRECI, Sinduscon, ACIESC) para proteção de compradores e combate a fraudes.

Como se proteger na compra de imóvel na planta

1. Exija o registro de incorporação imobiliária — sem ele, a venda é irregular e ilícita.
   
   
   
2. Verifique o registro do corretor no CRECI, garantindo que o profissional esteja legalmente habilitado creci-sc.gov.br.
   
   
   
3. Exija contrato formal e transparente, com todas as cláusulas claras (preço, prazos, penalidades).
   
   
   
4. Pesquise a incorporadora: histórico de entregas, credibilidade e regularidade em cartório e órgãos de defesa do consumidor.
   
   
   
5. Evite depósitos antecipados sem garantia — exija caução bancária ou seguro-garantia.
   
   
   
6. Consulte amparo institucional: Procon, MP, e o próprio gabinete interinstitucional criado pela Prefeitura de Itapema.
   
   
   
7. Busque apoio jurídico especializado — um advogado pode revisar contratos, verificar documentos e orientar sobre garantias legais.
   
   
   

Porque esse texto é importante

Diante de casos como o da “Black Flow”, fica claro que o investidor desinformado fica extremamente vulnerável. A falta de registro de incorporação, SPEs fraudulentas e práticas irregulares representam risco real de prejuízo.

O cuidado jurídico deve começar antes de assinar o contrato, observando documentos, histórico dos envolvidos e exigindo garantias formais.

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