26 de setembro, 2025
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Editor
A digitalização avança cada vez mais no mercado imobiliário. E uma novidade chama atenção: a tokenização imobiliária — ou seja, transformar ativos físicos (um imóvel, fração, empreendimento) em tokens digitais que representem direitos sobre esse ativo, geralmente utilizando tecnologia blockchain.
No dia 19 de setembro de 2025, o escritório Demarest promoveu um evento híbrido, com presença de especialistas, registradores, notários e atores do mercado para debater os impactos jurídicos dessa inovação no setor imobiliário.
Esse encontro foi considerado um marco, pois reuniu diferentes frentes (registro imobiliário, notariado, tecnologia jurídica) para discutir os desafios e oportunidades da tokenização no Brasil.
Há tensão entre o token (representação digital) e o direito real sobre imóvel tradicional. Qual valor tem o token se não houver suporte real registral? A segurança jurídica depende de mecanismos que vinculem token e imóvel físico.
Para que a tokenização não se torne mera ficção digital, é fundamental que os registros notariais e imobiliários se adaptem. Por exemplo, permitir que cartórios reconheçam contratos que envolvam troca de token por propriedade ou fração do imóvel.
É necessário que os contratos que fundamentam a tokenização prevejam: obrigações, garantias, penalidades, mecanismos de execução, diretrizes para casos de inadimplência, liquidação ou disputas.
Blockchain pode ajudar a garantir transparência nas transações, mas será exigido controle de conformidade, auditorias regulares e garantias contra fraudes e manipulações.
Como tributar operações de compra, venda ou troca de token imobiliário? Será considerado alienação de bem, renda, ganho de capital ou outro regime? A carga tributária e regras de impostos precisam ser adaptadas.
Dada a nova tecnologia, investidores menos informados podem ser vulneráveis. Será necessário estabelecer normas de informação, divulgação de riscos e mecanismos de segurança jurídica.
A tokenização imobiliária representa uma transformação profunda no setor — unindo o físico ao digital. O evento promovido pelo Demarest em 19 de setembro de 2025 ressaltou que, embora existam enormes oportunidades de inovação, os desafios jurídicos são substanciais. A ausência de regulação específica exige cautela, mas também abre espaço para adaptações criativas e pioneirismo no mercado imobiliário.
Para incorporadores, investidores, registradores, advogados e entusiastas do setor, esse é o momento de estudar, debater e se posicionar. Quem tiver domínio desse novo ambiente digital-jurídico pode estar à frente no futuro do mercado imobiliário.
O Paiva Nunes Direito Imobiliário é um escritório especializado em Direito Imobiliário e de Família, com sedes em Porto Alegre, São Paulo e Florianópolis, atendendo clientes em todo o Brasil.
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